Artigos - Viver Consciente
Willes da Silva
Psicoterapeuta, Conferencista Motivacional, Jornalista, Escritor - Autor do livro "Cidadania, O Direito de Ser Feliz.
Ser perfeito?
18/05/2008
Em muitas ocasiões pessoas que se dizem perfeccionistas ou que assim são denominadas, chegam a se ufanar por tal caracterização, mal sabem elas que essa postura extremada é patológica, um distúrbio, uma vez que esconde em seu interior uma compulsão embalada principalmente pela necessidade de aceitação e controle. Esse modelo do “ser perfeito” é imposto principalmente por pais ou substitutos, ou é auto-imposto inconscientemente pelo próprio indivíduo que, devido a carências e necessidades, afetivas principalmente, passa a acreditar que em sendo perfeito receberá toda a atenção que supõe merecer. Em síntese o perfeccionista é um sofredor que, por não se permitir errar, deixa de aprender com seus próprios erros. Por outro lado, quem não se permite errar cria frustrações e sofre, porque o medo intenso de errar o leva mais facilmente ao erro. O medo de algo faz com que o que é temido tenha maior possibilidade de acontecer. O perfeccionista vive, na maior parte do tempo, ansioso e tenso o que o faz desenvolver um elevado grau de stress, derivando daí inúmeros desconfortos físicos e emocionais. Outra postura comumente desenvolvida pelo perfeccionista é tornar-se também extremamente exigente com as pessoas ao seu redor, o que acaba dificultando os seus relacionamentos sociais e afetivos, pois, com suas atitudes de inadequação as afasta do seu convívio; há uma grande possibilidade de o perfeccionista vir a amargar a solidão de maneira continuada. Vale lembrar que ser perfeccionista é uma coisa, ser exigente ou perseverante é outra. O indivíduo exigente busca sempre fazer o melhor, não o perfeito, posto saber que a perfeição em si é inalcançável. Como bem disse Gilberto Gil: “a perfeição é uma meta...”, só isso. O perseverante por sua vez é aquele que incansavelmente, persistentemente, busca atingir metas conscientemente pré-estabelecidas. Enfim, sabedor que o perfeccionismo é uma atitude compulsiva e, muitas vezes, inconsciente, cabe ao indivíduo acometido desse desequilíbrio desenvolver a postura consciente de permitir-se errar, posto que a ninguém seja dado o dom da perfeição. Errar, como dizem, é humano, aprender com os próprios erros é uma virtude. Boa Reflexão para você.
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