Artigos - Viver Consciente
Willes da Silva
Psicoterapeuta, Conferencista Motivacional, Jornalista, Escritor - Autor do livro "Cidadania, O Direito de Ser Feliz.
Autovalorização
17/06/2016

Porque será que nos valorizamos muito pouco? Esta pergunta durante muito tempo fez parte das minhas indagações. Antes mesmo de iniciar o meu trabalho como terapeuta eu já estudava e analisava essa questão, até porque eu mesmo possuía um complexo de inferioridade imensurável. E não pensem vocês que hoje tenho uma resposta pronta e acabada sobre isso, mas, pelo menos, acredito que tenho algumas pistas.

Uma delas, que penso ser a principal, está presente naquilo que chamo de “cultura da autodesvalorização”, que vem a ser a soma da educação familiar, mais a escolar, a religiosa e a social. Essa educação às avessas amparada no medo, na manipulação, nos pré-conceitos e heranças emocionais negativas (traumas, bloqueios; desqualificações variadas, etc.), é que, a meu ver, acaba moldando a maioria das pessoas a uma vida de frustrações e dificuldades, onde a baixa autoestima impera. Imagine você, uma pessoa que passou grande parte da sua infância e adolescência sendo desqualificada no ambiente familiar, como poderá ter outro sentimento que não seja o de inferioridade? Como poderá sentir-se amada e confiável? Com certeza sentir-se-á rejeitada e incapaz.

Já que mencionei a questão da rejeição, é importante destacar que ela não se verifica apenas em situações em que a pessoa é abandonada de fato pelos pais, ou por um deles. Ela pode sentir-se rejeitada mesmo estando vivendo com os pais, quando, por exemplo, é alvo de comparação negativa com outro filho ou alguma outra criança, ou quando na escola é comparado com outro colega pelo professor. Nas duas situações se o sentimento de rejeição não for adequadamente trabalhado, ele pode deixar sequelas no crescimento emocional da criança, pois, ela poderá desenvolver uma visão negativa de si mesma ao ver que não cumpre aquilo que esperavam dela.

Embora tenha feito referência à criança, é possível dizer que o complexo de rejeição pode vir à tona em qualquer idade, uma vez que, toda pessoa ao ser desqualificada, desrespeitada ou diminuída pela outra, pode sentir-se, em maior ou menor grau, rejeitada.

Porém, vale lembrar que, independentemente da situação em que alguém tenha desenvolvido um conceito negativo sobre si mesmo, sempre é possível reverte-lo com muito trabalho e esforço. O importante é que a pessoa tenha vontade e disposição para mergulhar fundo em si mesmo e permitir que todas as suas qualidades e os seus bons valores venham à tona. Autovalorizar-se, dar o valor merecido a si mesmo, é fundamental para quem deseja qualificar-se para vencer na vida.

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