Acredito que todos nós somos como diamantes brutos que precisam ser lapidados, que possuímos um brilho especial o qual devemos deixar fluir e iluminar a nossa vida e daqueles que nos cercam. Exponho isso partindo do princípio de que, sendo a nossa essência espiritual e divina somos pura luz, embora, às vezes, deixemos que a escuridão seja maior e impeça nossa luminosidade de vir à tona. Por isso, não me conforma o fato de inúmeras pessoas sentirem-se tão pequenas e despojadas de atributos maiores diante das vicissitudes existenciais, e, mesmo assim, continuarem tão mesquinhas e egocêntricas.
Certa vez quando realizava uma palestra para profissionais ligados à área de saúde, me veio à mente uma “intuição” de que as pessoas que atuam nesse setor não devam estar ali por acaso. Provavelmente encontram-se ali por um motivo maior do que aqueles que imaginam. Podem estar, por exemplo, cumprindo alguma responsabilidade espiritual mais elevada. Maior, por exemplo, do que a simples busca do benefício material ou financeiro. Aliás, tenho a forte convicção de que praticantes de cura ou socorristas, inatos ou diplomados, possuem uma capacidade especial que a poucos é dado exercer. O lamentável, no entanto, é que muitos dos que trabalham nesse ofício ainda não tenham compreensão suficiente do compromisso espiritual presente nessas atividades, e acabem por exercê-las desprovidos do senso humanitário e fraterno necessário.
Já faz tempo que a saúde é um grande negócio. A mercantilização de um bem naturalmente essencial é uma amostra do quanto o ser humano consegue ser materialista, desumano e irracional. Falamos da violência das armas, das guerras, do terrorismo, do banditismo em geral, mas, ignoramos a dimensão da violência que é cometida quando se nega em um hospital o atendimento, emergencial ou não, pelo simples fato da pessoa não possuir um plano ou convênio de saúde, ou seja, por ela não possuir dinheiro.
Razões para o ceticismo, para a descrença, para o pessimismo, existem. Mas é imprescindível que sejamos conscientes, perseverantes, fortes e lúcidos para não deixar que isso nos abale a esperança de que ainda há tempo para que o ser humano se faça melhor. Um ser que se desprenda do casulo da arrogância e do egoísmo, para render-se, humilde, à sua natureza espiritual que é o seu elo essencial com o bem e com a plenitude do amor incondicional e fraterno.
Boa reflexão e viva consciente.
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