Você já refletiu alguma vez por que durante algum tempo e, às vezes, por todo tempo, age sem pensar? Por que inconscientemente segue pela vida maltratando a si mesmo, aos outros e ao ambiente que o cerca, sem que tenha a noção exata do que o leva a agir assim tão destemperadamente? Faz isso por não ter consciência de si mesmo, por não saber ao certo o que lhe guia, por não ter noção do real significado da sua presença no orbe. Quando muito, existem pessoas que atingem algum conhecimento, mas, eis que lhe faltam conhecimentos e esforços mais amplos a fim de compreenderem que em sua rota evolutiva há muito mais a fazer para atingir uma consciência mais elevada delas próprias e do orbe do qual fazem parte.
Então, eis uma instigante interrogação: “O que lhe guia?” O que o leva a ser como é, ou a pensar como pensa? Todos nós, conscientemente ou não, nos guiamos por um conjunto de crenças, hábitos e pré-disposições psíquicas que, de algum modo, ou nos foram legadas ou a elas demos causa, e cujos depositários são o nosso subconsciente ou, muito profundamente, a nossa matriz espiritual. É esse conjunto de crenças amealhado nessa existência desde a nossa infância e, quiçá, em existências pretéritas, que nos guia o modo de pensar e agir.
Sendo assim, cabe a você compreender que os inumeráveis conceitos ou pré-conceitos que mantém em sua mente podem levá-lo ao sucesso, prosperidade, alegria, satisfação e paz de espírito, traduzindo-se num viver agradável e sereno. Porém, numa polaridade negativa, podem lhe causar fracassos, tristeza, sofrimento ou desconfortos de todos os gêneros, frustrando a sua evolução e desviá-lo da insofismável verdade espiritual que tem o dom de libertar-lhe de toda a ilusão que hoje o assola e domina.
Tornar-se “observador de si mesmo”, vigiar seus pensamentos e tudo que lhe vai à mente, fazer um inventário racional de suas deficiências e hábitos, é algo fundamentalmente recomendável para você que deseja colocar-se num patamar superior de sua própria evolução e ser o guia consciente de si mesmo. Não é debalde que um dos maravilhosos recursos que nos foi legado pela Inteligência Divina da qual somos originários, vem a ser justamente o livre-arbítrio, o poder de escolha. Se ainda não estamos preparados para melhor utilizá-lo, é por que temos nos perdido por atalhos sedutores que têm nos desviado do melhor caminho, o caminho da consciência, ao invés das vielas da materialidade superficial que apenas nos remete ao suprimento de necessidades instintivas ou meramente físicas.
O que lhe guia? Deve sabê-lo para melhor aquilatar aonde deseja chegar. Se o que almeja é pousar no cume calmo de um estado de espírito sereno, pacífico e de plena leveza, com toda certeza deve ajustar o seu plano de vôo. Tornar-se guia e piloto da nave da sua vida.
Boa Reflexão e viva consciente.
Willes da Silva
Psicoterapeuta
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