Atualmente, há evidências convincentes de que os alimentos ricos em gordura, açúcar e sal - junk food - podem alterar a química do cérebro, da mesma forma como as drogas viciantes citadas acima.
Considerada uma teoria marginal há apenas cinco anos, a ciência médica acaba de acrescentar à lista de produtos capazes de provocar dependência, algo assustadoramente próximo de nós: a comida moderna.
Um estudo com ratos, publicado na revista Nature Neuroscience, sugere que o consumo de alimentos ricos em gordura leva ao desenvolvimento de um tipo de dependência parecida com a que afeta os viciados em cocaína ou heroína.
O cérebro dos ratos superalimentados com alimentos gordurosos, assim como nos dependentes químicos, apresenta uma queda acentuada nos níveis de substâncias responsáveis pelas sensações de prazer, conhecidas como receptores de dopamina. Com menos receptores, o organismo precisa de quantidades de gordura cada vez maiores para que o cérebro registre a satisfação e prazer desejados.
Sim, trata-se do mesmo mecanismo que acontece no cérebro humano quando usuário das já reconhecidas e ilegais drogas citadas acima. A pesquisa, feita em laboratório, apenas em ratos, confirmou pela primeira vez aquilo que muitos especialistas já suspeitavam: certos tipos de comida viciam.
"Temos que educar as pessoas sobre como seus cérebros são hipnotizados por gordura, açúcar e sal", disse David Kessler, ex-comissário da FDA (agência reguladora americana de alimentos e medicamentos) e agora diretor do Centro para Ciência no Interesse Público, com sede em Washington DC.
Somente após os primeiros processos contra a indústria tabagista, ou seja, quando houve risco de grande perda econômica por parte dos produtores de cigarros, que as publicidades começaram a ser controladas. Antes, até mesmo em horário infantil era livre os anúncios de pessoas de sucesso incentivando-nos ao fumo.
Precisamos ver milhares de pesquisas e estatísticas sobre os males do fumar, para reconhecer que se trata de uma droga viciante, que se não mata, aleija o usuário e os que lhe cercam?
Na história da humanidade somos as gerações mais longevas, mas nunca vivemos tão desconectados da natureza, do simples, da lucidez. Por que precisamos da indústria alimentícia para refinar, açucarar, colorir, perfumar e engordurar nosso alimento? Por que compramos cada dia mais e mais estes ‘não alimentos’? Por que agradamos nossos filhos com estas drogas?
Por que precisamos de decisões governamentais para controlar e dizer o que é certo e o que é errado? Por que não batemos pé por tomar decisões mais ‘questionadas’ e sermos mais responsáveis pelas nossas vidas e a de nossos filhos?
A explicação é uma lei do universo: quanto mais, mais. Ou seja, quanto mais intoxicados (drogados), mais toxinas (drogas) desejamos. Quanto mais drogados, mais desconectados de nós mesmos, de tudo...
A cegueira da visão tem sido tanta, que precisamos de muita desintoxicação e determinação, DIÁRIAS, para corrigir, oxalá a tempo, todos os danos inerentes de tanta sedação. Lembrar que tal sedação e cegueira, afeta o cérebro e a saúde integral: física, emocional, mental e espiritual.
As drogas ilegais, já se sabe, causam graves danos cerebrais que, quando reversíveis, são muitos anos para total regeneração.
Estas "drogas de alimentos" (junk food), embora liberadas pelo FDA e toda a indústria da doença, tenham certeza, também causam danos. O principal deles é a crescente alienação de nós mesmos: onde vai parar nosso poder pensante? Nossa capacidade de dizer e agir: basta?
Sim, desintoxicar-se é preciso. É o primeiro, segundo e terceiro passo da maratona da NOVA vida NOVA: com lucidez e poder pensante.
Temos que nos re-conectar de alguma forma tipo: visitar feiras-livres, mercados centrais, propriedades rurais do entorno de nossas cidades, ENXERGAR e buscar contato com os frutos da natureza. Comer frutas embaixo do pé, fazer caminhadas, praticar esporte, yoga, meditação, silêncio...e depois brincar de bicho pega!
Quem sabe assim, sejamos capazes de respirar e pensar novos ares, olhares, sentires e a nossa parte na colheita de nossas vidas...
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