Artigos - Viver Consciente
Willes da Silva
Psicoterapeuta, Conferencista Motivacional, Jornalista, Escritor - Autor do livro "Cidadania, O Direito de Ser Feliz.
Tristeza é igual à depressão?
25/05/2007
“A depressão é algo mais profundo do que uma tristeza casual”.

Quem nunca sentiu um só instante de tristeza? Às vezes, até acontecimentos de menor importância nos entristecem, não é mesmo? A tristeza é uma emoção autêntica, natural, que vem e passa. A depressão, por sua vez, é um mal-estar profundo que pode ter como causa uma pré-disposição psíquica (o acúmulo de situações emocionais não resolvidas como traumas, medos, bloqueios, etc.), ou pode ter como fonte pré-disposições hereditária, genética ou bioquímica. Quem sofre de depressão não encontra mais prazer em coisa alguma, não tem energia para tomar decisões e, sem esperança, torna-se descrente em si próprio e em tudo; nesse estado a pessoa, mesmo que inconscientemente, promove a sua auto-anulação, perde a vontade de viver, perde a fé.

A diferença básica, digamos assim, é que a depressão é um sofrimento, um sintoma doentio, e a tristeza é uma emoção, um sentimento temporário. O importante é saber diferenciar uma situação da outra, em primeiro lugar, para não cair no simplismo generalizado e tornar-se vítima de opiniões não qualificadas, de diagnósticos precipitados, da automedicação e de soluções “milagrosas” inadequadas; em segundo lugar, para evitar a manipulação dos “jogos psicológicos”, situação em que pessoas com baixa auto-estima utilizam-se do seu desconforto para obter atenção dos outros, como, por exemplo, aquelas que, com ares de coitadinhas, vivem a repetir frases do tipo: “sabe, hoje acordei tão deprimida”, “... aí me vem uma tristeza e fico deprimido...”, “se não fosse a depressão eu seria outra pessoa...” , “ ultimamente qualquer coisa me deprime...”, e blá, blá, blá.

Partindo da premissa de que a maioria dos casos depressivos tem um fundo emocional, creio ser importante em qualquer situação de desconforto perguntar a si mesmo: porque, ou para que, estou me sentindo assim? O que estou fazendo com minha vida? Será que a forma como estou vivendo é a melhor para mim? Como tenho contribuído para que me sinta mal? Será que os valores que me motivam são realmente bons? Não que as respostas a estas perguntam tenham o dom de promover automaticamente alguma melhora, mas, é uma maneira de tomar consciência sobre si mesmo e começar a cuidar-se melhor. O corpo em depressão traduz aquilo que habita o interior da pessoa e a cura deve vir de dentro para fora.

Preventivamente recomendo às pessoas, depressivas ou não, algumas práticas que podem melhorar a qualidade de vida e funcionar também como defesa para a depressão, ansiedade, medos, outros desequilíbrios semelhantes e, até mesmo, para a tristeza: Tenha sempre pensamentos positivos; Reconheça que você não é o único responsável por tudo, seja apenas responsável pelos seus atos; Relaxe mais - trabalhe, mas, programe o seu tempo para momentos de descontração e lazer; Leia sempre que puder algo positivo e edificante; Não se feche e tente resolver tudo sozinho; Procure ajuda de qualidade, alguém que seja capaz de avaliar a sua situação e orientá-lo para resolvê-la; Cuide da nutrição do corpo e do espírito; Lembre-se a vida é preciosa demais para não ser vivida em sua totalidade, e o que dá sentido à vida é o amor que você sente por si mesmo e pelos outros; Cultive o bom humor, confie nas suas qualidades, seja positivamente produtivo e acredite que você merece ser feliz.

Boa Reflexão para você.

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