Artigos - Consciência Ambiental Ativa
Willes da Silva
Psicoterapeuta, Conferencista Motivacional, Jornalista, Escritor - Autor do livro "Cidadania, O Direito de Ser Feliz.
Quem polui?
25/05/2007
Dia desses ao prestar mais atenção ao problema do lixo jogado nas ruas da cidade, nos terrenos baldios, nas margens das rodovias, nos rios, etc., me ocorreram alguns pensamentos e indagações: “qual será o perfil comportamental de quem polui assim costumeiramente? Como será a casa desse agente da poluição? Será que ele também joga seus lixos pelos cantos da sala, cozinha, quartos, banheiros ou quintal? Pode ser que a sua casa seja um lixo só, dizem que o mau comportamento começa na família. Ou será que no seu domínio ele age diferente? Acumulando o lixo para jogar onde melhor lhe aprouver, anonimamente, sorrateiramente como quem comete um delito. Bem, se ele age assim, então é um poluidor que premedita suas ações, não é assim tão inconsciente, ele é algo parecido como um “serial” do lixo, que escolhe com certa meticulosidade e esmero onde e como deitar seus dejetos”. Conjecturas à parte, quem polui não tá nem aí pro mundo à sua volta, como se fosse um “homem bomba”...

Indo mais longe nessa análise, acredito que devam existir diferentes perfis de quem polui, pode até acontecer que algum dia a ciência venha a definir o ato de poluir como uma doença, como algo patológico, tipo uma psiconeurose que começa quando alguém em criança em seu habitat familiar, devido a maus tratos ou à educação distorcida em seus valores, comece a jogar no ambiente doméstico papel de bala ou pauzinhos de picolé como forma de rebeldia, ou como desejo de chamar atenção para si, para sua carência afetiva.

De qualquer maneira, ironia ou indignação à parte, o ato de poluir demanda não só desrespeito com o meio ambiente, mas, também, o desrespeito para com a vida dos outros indivíduos que habitam o mesmo espaço comunitário ou urbano e, em última instância, o desrespeito para com a própria vida, já que quem polui não está imune às conseqüências da poluição.

A falta de uma percepção mais profunda da interação entre o homem e o seu meio ambiente, possui também, além do seu conteúdo explícito, uma conotação espiritual, posto que qualquer atitude negativa que resulte em mal-estar para uma outra criatura viola as leis universais do respeito à vida e do amor que, em síntese, deveriam nortear toda conduta humana. Portanto, o ato de poluir tem um alcance maior do que pode ser dimensionado pelo conhecimento comum. Em sendo assim, cabe-nos aprimorar a consciência de que a nossa atitude em relação ao meio ambiente pode muito bem espelhar o que está contido em nossa alma.

Boa Reflexão para você.

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