Artigos - Viver Consciente
Willes da Silva
Psicoterapeuta, Conferencista Motivacional, Jornalista, Escritor - Autor do livro "Cidadania, O Direito de Ser Feliz.
Pontos de admiração
25/05/2007
De repente, é comum, principalmente nas revistas ditas femininas, alguns “mestres” do achismo sugerirem as mais disparatadas receitas para melhorar a auto-estima. E tenho observado que a maioria delas baseia-se em mudanças de posturas externas que, pelo seu caráter superficial e, até mesmo, temporal, não só proporcionam resultados efêmeros, como acabam distorcendo o real significado da auto-estima. Daí a conclusão que isso mais atrapalha que ajuda, visto que para haver uma mudança substancial na qualidade da auto-estima é necessário que a transformação dela tenha origem no interior da pessoa.

Mormente, em se tratando de questões relacionadas a condutas comportamentais ou existenciais, principalmente, é notório que ninguém muda de fora para dentro, uma vez que num primeiro momento é necessário que o indivíduo tenha uma compreensão mais profunda de si mesmo e se convença da necessidade de mudar. Por outro lado, como obter esse autoconhecimento passa a ser a questão, pois, enquanto para alguns é possível que ele possa ser realizado de maneira autônoma através da busca de ferramentas como informações, leituras, palestras, etc., para outros é necessário buscar ajuda qualificada de profissionais da área do comportamento humano como psicanalistas, psicoterapeutas, psicólogos, etc. Porém, Independentemente do tipo de ferramenta ou ajuda que o interessado venha a buscar para auxiliá-lo em suas mudanças, é bom destacar que o fundamental será a sua pré-disposição em alterar sua rota existencial, ou seja, que esteja disposto a aceitar o novo em sua vida, pois, não há como obter resultados diferentes repetindo-se sempre as mesmas condutas.

Na minha prática terapêutica, no que se refere à reconstrução da auto-estima, parto do princípio de que a pessoa para ser bem sucedida nessa tarefa tem que iniciar abandonando posturas de autodesvalorização (aqueles estados onde não ela não consegue dar valor a si mesmo), para encontrar o que chamo de pontos de admiração, a partir dos quais ela possa desenvolver um conceito positivo a respeito dela própria. Esses pontos, para ser mais claro, são valores (alguns imanifestos ou inconscientes), que ela tem dentro de si. Dar vida ou manifestar esses valores ou qualidades, é que vão servir-lhe de apoio no seu processo de autovalorização e, conseqüentemente, aumentar-lhe a auto-estima. Nada que não possa ser feito com muito afinco e dedicação, afinal, todas as pessoas são portadoras de muito mais valor e competência do que imaginam. Buscar seus pontos de admiração é como investir na lapidação de uma pedra preciosa, vale a pena!

Boa Reflexão para você.

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