Sempre esquecemos que, enquanto aqui na Terra, tudo começa no corpo fÃsico e nele termina. Achamos que para vivenciar a espiritualidade podemos dispensar o corpo. Mas, quanto mais elevada uma construção; mais profundas precisam ser suas fundações. Neste descaso para com o corpo e sua linguagem, todos nós temos algum tipo de dor seja ela emocional, fÃsica ou espiritual. É por isso que todos necessitamos da cura, mas não de uma parte do corpo, e sim da saúde plena.
Quando o organismo está em equilÃbrio e aquilo que ingerimos (qualidade e quantidade) não excede aquilo que eliminamos (ou transmutamos), podemos ser flexÃveis, viver sem dogmas ou disciplinas rÃgidas. Quando esse equilÃbrio se rompe ou não existe, os sintomas da intoxicação logo nos avisam que algo não está exatamente bem. Sentimos isso no coração.Fala-se muito da doença como um alerta, mas há um ditado que afirma que Deus tenta o tempo todo nos ajudar a crescer. Mas, quando não reconhecemos sua ajuda pelo Amor ele não tem outra alternativa e nos ajuda pela Dor. E a doença é um aprendizado pela dor, pela falta de respeito e comunicação com o corpo. Neste caso, doença é um alerta: "Onde você está querendo chegar com suas decisões, escolhas e atitudes? Eu não estou mais conseguindo administrar tantas dificuldades."
A doença é, entre outras coisas, uma tentativa desesperada do organismo para se livrar das substâncias tóxicas, produto das tantas adversidades a ele impostas, por dias, meses e anos. No livro Saúde pela Alimentação, Arnold Ereth ensina nos "PrincÃpios Preliminares" que toda enfermidade é constipagão ou obstrução. Eu vou além e afirmo que toda enfermidade vem de um organismo em algum grau de constante acidificação, com dificuldades para digerir o que lhe acontece no plano fÃsico, emocional, mental ou espiritual. Para a maioria de nós a dor e falta de energia são a real manifestação do caos gerado pela intoxicação generalizada que nos separa da serenidade metabólica, origem de nossa energia, capacidade de defesa e criação. Existe também uma poluição social onde o que vemos e ouvimos nem sempre está de acordo com o mundo equilibrado e pacÃfico, no qual gostarÃamos de estar vivendo. Agredidos e sem defesas - doentes - tentamos erradamente nos esconder da vida, ou seja, por que levantar pela manhã e enfrentar a labuta do dia?
Esse é o motivo pelo qual nos sentimos como se não tivéssemos motivo suficiente para vivermos. O estado comum é: esgotados, exaustos, "emburrecidos", inseguros, ansiosos, vulneráveis, impotentes, irritados, "subnutridos" e tristes.
Sob estresse emocional nos sentimos sobrecarregados de insatisfação, desequilÃbrios, carências e da sensação de estarmos fora de controle. Pode ser um relacionamento doentio, um trabalho por demais estressante ou um estilo de vida superficial que provoca subnutrição e frustrações. Sem dúvida, são muitos altos e baixos sem o tempo e condições necessárias para "digerir" tantos desafios. Já "in-sanos", buscamos a sedação com a ingestão de mais alimentos indigestos e acidificantes: gordurosos, repletos de açúcar, industrializados, refinados, conservados quimicamente, muito cozidos e à s vezes contaminados com agrotóxicos.
Estamos intoxicados até espiritualmente porque com tantos estÃmulos sócio-culturais, preocupados demais com o externo, onde ficou o tempo para a comunicação com o interno? Diariamente nos sentimos com preguiça de pesquisar dentro de nós o que é realmente nosso, de buscar os verdadeiros valores e ter fé em nós mesmos. Some-se a tudo isso a inegável poluição ambiental. O ar que respiramos e a água estão repletos de substâncias quÃmicas e gases tóxicos. Para complicar, quanto mais intoxicados pior respiramos. Conclusão: Falta energia, lucidez, agilidade mental, memória e pensamentos positivos.
Chega! Chega! Chega! Isso já está com cheiro de terrorismo!
O que fazer? Não posso mudar o mundo. Mas, Eureka! Posso mudar o meu mundo!
O que entra e nos prejudica deve necessariamente sair. Tudo o que é velho e não tem mais utilidade (revisão de crenças e paradigmas) é obrigatório que saia o mais rápido possÃvel. E o que entrar no lugar do que saiu pode ser mais digesto? Mais alcalinizante? Mais desintoxicante?
Bem, como na famosa Lei de Murphy: "Nada é tão fácil como parece". Muitas toxinas que entram no corpo, espÃrito ou mente não saem com facilidade. E, muitas vezes, num perfeito ato de sabotagem, somos nós mesmos quem as impedimos de "sair". Nos apegamos ao ruim "conhecido" em prol do medo do desconhecido.Talvez não as possamos ver ou ter esta consciência, mas isso não significa que não estejam ali. Mesmo invisÃveis, podemos senti-las todos os dias, como fadiga, doença, raiva, depressão ou estresse. Estes são os sintomas. Como dor de cabeça, nas costas, erupções na pele, ansiedade e falta de esperança. Elas nos impedem de dormir ou nos fazem dormir demais. Nos tiram força, resistência e alegria de viver. Onde fica o "tesão" e a significância da vida?
É hora de fazermos alguma coisa. É hora de recuperarmos e mantermos a energia, regenerarmos o corpo, curarmos a psique, o emocional e reacendermos o nosso espÃrito.
Desintoxicar a vida começa pela alcalinização dos nossos lÃquidos corporais. Pela escolha de alimentos e hábitos que sejam integrais, sanos, felizes. Desintoxicar a vida significa ser capaz de tirar todo o lixo do sangue, coração e mente, para estar centrado DIARIAMENTE. Viver a possibilidade de enfrentar todos os desafios do dia-a-dia com sensação de superação por não perder o foco, a luz, a meta. Desintoxicar a vida significa ter a coragem e a determinação de aprender - e praticar - como "deixar sair" os lixos ácidos, confiando que o "novo" será tudo o que é necessário para continuar crescendo, num corpo lúcido, saudável, inteligente e pleno. Desintoxicar a vida significa resgatar as suas verdades e valores e, alegremente, se desidentificar dos modelos e condicionamentos invertidos do mundo. Desintoxicar a vida significa Ser livre.
***Recomenda-se a leitura na Ãntegra do livro Alimentação Desintoxicante - editora Alaúde, o que possibilitará a prática desta filosofia de vida com consciência e responsabilidade.
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