Artigos - Viver Consciente
Willes da Silva
Psicoterapeuta, Conferencista Motivacional, Jornalista, Escritor - Autor do livro "Cidadania, O Direito de Ser Feliz.
Pensar rico
02/02/2009
Em artigo recente fiz referência ao hábito de “pensar pobre”, então, alguns leitores mais atentos indagaram-me a respeito da citada expressão. A seguir compartilho com todos a reflexão sobre o tema.

Não é preciso uma análise muito profunda sobre a nossa cultura educacional para constatar o quão empobrecedora ela é. Levando-se em consideração que na atualidade a maioria das pessoas vive como autômatos dirigidos principalmente pela visão televisiva da realidade, que mais difunde esteorótipos comportamentais vazios do que valores afirmativos, humanitários e éticos, não há como passar despercebida a miséria existencial em que nos encontramos. Só não vê quem é cego, não ouve ou é hipócrita. Tantos são os que vagueiam por aí movidos por ilusões e engodos em todos os níveis: religiões que antes prometiam o céu na eternidade hoje o oferecem aqui e agora nos mais variados cardápios; escolas subvertem a boa pedagogia eliminando o ensino de valores e a prática do pensar; faculdades alardeiam a jovens incautos qualidades discutíveis oferecendo-lhes preparação para um mercado incerto e em crise; a doença é uma mercadoria rentável; a música que antes nos embalava hoje é só um lixo que fere ouvido e mente das pessoas ainda sãs.

Então, neste contexto, pensar pobre, significa seguir a manada sem refletir, sem racionalizar ou ser seletivo diante de tantas informações inúteis que só fazem poluir a mente e a alma; significa viver com medo de romper os grilhões do comodismo e da incapacidade de bem pensar, oriundos de um modelo existencial que pereniza a subserviência; significa apegar-se a fracassos e perdas acomodando-se no papel de vitima ou coitado; significa estacionar na ignorância, no egoísmo e no orgulho, elementos impeditivos de crescimento; significa não confiar em si mesmo como protagonista principal da sua própria história; significa crer-se pequeno diante dos obstáculos e amparar-se em desculpismos para não assumir a responsabilidade para com a própria vida; significa desprezar valores e princípios para se apoiar em pré-conceitos, regras artificiais ou transgressões da licitude e da justiça; significa não adentrar o campo das potencialidades inerentes ao ser humano de promover mudanças em seu modo de ver o mundo e de superar desafios rumo à evolução consciente e respeitosa para consigo mesmo, com o ambiente onde vive e seus semelhantes. Enfim, pensar ou agir pobre é fugir à responsabilidade espiritual que todos temos para com a vida em todas as suas dimensões e espaço.

No mais, a referencia a pensar pobre tem sua razão de ser em virtude de que tudo o que o ser humano realiza, inevitavelmente passa pelo seu pensar consciente ou inconsciente, racional ou instintivo. E para enriquecer seu pensamento e suas ações, necessita ele buscar o conhecimento, processá-lo e assenhorar-se dele através da constância da sua prática benfazeja e construtiva.

Boa Reflexão e viva consciente.

* 2009, o ano da solidariedade – faça sua parte!

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